Petrópolis - Gastronomia e Pousada

 



Petrópolis é um local lindo e majestoso. Excelente para fazer aquele detox mental. Proporciona uma paz e quietude que há muito eu precisava. A viagem foi espetacular. Desde a pousada aos restaurantes, nossas escolhas foram muito assertivas. Eu amei cada segundo dessa viagem.

A FUNDAÇÃO DE PETRÓPOLIs

A fundação da cidade de Petrópolis está intimamente ligada ao Imperador D. Pedro I e ao Pe. Correia. Desde que o Imperador pernoitou na fazenda do padre, de passagem pelo Caminho do Ouro que o levaria às Minas Gerais, ficou encantado com a exuberância e amenidade do clima. Foi seu desejo, então, adquirir a propriedade para seu uso e, em especial, para o tratamento de sua filha, Princesa Dona Paula Mariana, de cinco anos, sempre muito doente e que se recuperou bem quando lá esteve.

PETRÓPOLIS CIDADE 

Como todo povoado colonial, a cidade nasceu de um curato em 1845, subordinado a São José do Rio Preto e, um ano depois, foi criada a Paróquia de São Pedro de Alcântara, vinculada à Vila da Estrela. Em 1857, onze anos após, foi elevado a município e cidade, sem passar pela condição de vila, o que era, na ocasião, inédito.

Mas o Imperador não desejava essa mudança de status para sua Petrópolis, pois sabia que nessa condição haveria uma administração municipal interferindo nas suas relações com a cidade. O Coronel Amaro Emílio da Veiga, deputado na Assembleia Provincial, depois de duas tentativas sem sucesso por interferência do próprio Imperador, conseguiu aprovar o seu projeto “...elevando a povoação de Petrópolis à categoria de cidade, revogando-se as leis em contrário.” D. Pedro II ficou enfurecido e retaliou, determinando que o Cel. Veiga retornasse ao Exército, impedindo que ele assumisse a presidência da Assembleia Legislativa de Petrópolis, para a qual tinha sido o candidato mais votado nas primeiras eleições municipais. Desgostoso, o Cel. Veiga pediu a reforma do Exército, afastando-se da vida pública, mas continuou morando em Petrópolis até falecer, alguns anos depois. Hoje, ele dá nome a uma importante rua da cidade.

PETRÓPOLIS NO IMPÉRIO

Durante todo o 2° Reinado, a presença de D. Pedro II em Petrópolis se destacou, acima de qualquer outra personalidade, por sua influência, pela constância da sua presença e do seu amor à cidade. “Fale-me de Petrópolis”, pedia a quem o visitava no exílio, pouco antes de falecer. Na colonização, os alemães, que receberam toda a proteção e simpatia do Imperador, sempre lhe prestaram as maiores homenagens, chamando-o de “Unser Kaiser” (Nosso Imperador). A temporada de verão na Serra da Estrela durava até seis meses, de novembro a maio, quando então a tutela imperial era transferida para Petrópolis. Desde 1848, somente nos anos difíceis da Guerra do Paraguai, a vilegiatura serrana do imperador foi interrompida. Nos dois últimos anos do Império, sua saúde se deteriorou com a diabetes, a ponto de ele se retirar de um espetáculo a que assistia no Hotel Bragança. Os médicos e sua família procuraram mantê-lo em Petrópolis. Com o Imperador na cidade, ela se tornava a capital do Império e centro da atenção nacional. Proclamada a República, foi em Petrópolis que ele recebeu a notícia de seu exílio.


PETRÓPOLIS NA REPÚBLICA

Com a Proclamação da República em 1889, que resultou no banimento e no exílio da Família Imperial, temia-se que a cidade fosse ameaçada por retaliações republicanas e perdesse o seu prestígio. Mas isso não aconteceu. As funções administrativas passaram a ser exercidas por intendentes nomeados pelo governador do estado até 1892, quando Petrópolis passou a ser governada pela sua Câmara, situação que perdurou até 1916, quando foi criada a Prefeitura Municipal, tendo Oswaldo Cruz como seu primeiro prefeito, nomeado por Nilo Peçanha, então Presidente do Estado do Rio de Janeiro. Internamente, tentando se alinhar com as novas ideias e apagar as lembranças da Monarquia, os políticos começaram a mudar os nomes das ruas, substituindo os antigos nomes imperiais pelos seus novos valores.

Significativos para a cidade foram os oito anos em que ela se transformou na capital do Estado do Rio de Janeiro. Em 1893, ocorreu a Revolta Armada em Niterói contra o governo de Marechal Floriano Peixoto e foram cortadas todas as comunicações entre o Rio de Janeiro e Niterói. Com a capital do estado ameaçada, o governo foi transferido de Niterói para Petrópolis em 1894. José Tomás Porciúncula era o governador e o retorno só aconteceu em 1902. O município, que tinha 29.000 habitantes e chegava a 35.000 no verão, já estava recebendo energia elétrica e duas surpreendentes modernidades ocorreram em 1896: bondes elétricos passaram a circular na cidade e aí ficaram até 1939; e o primeiro automóvel subiu a serra, um “Decauville”, em 1902, movido a benzina e não tinha silencioso. 

Quando Petrópolis deixou de ser capital do Estado, pensou-se novamente que a cidade perderia seu prestígio e ficaria esquecida. Ao contrário, por muitos anos, o desenvolvimento foi mantido, ao lado da sua vocação turística. 

Fonte:  (Instituto Histórico de Petrópolis)


Nossa Pousada

https://www.pousadagolfvillage.com/

Ficamos hospedados no distrito de Nogueira (cerca de 20minutos de carro do centro histórico de Petrópolis), na Pousada Golf Village.

Quando se trata de passear com pets nem sempre é fácil encontrar locais de fácil acesso e com preço acessível, principalmente considerando que fomos no feriado de finados (ficamos hospedados do dia 31/10 ao dia 02/11), porém conseguimos duas diárias por 770,00.

O quarto que ficamos era muito espaçoso, possuía varanda e um banheiro magnífico (só conferir as fotos no site).

A dona estava presente e foi extremamente simpática, bem como a maioria dos hóspedes que costumam sempre voltar e já se conheciam.

O café da manhã era simples, porém muito saboroso. Não deixe de provar o bolo de chocolate e de laranja. 

Três ressalvas que faço: o estacionamento é externo, em uma rua lateral e não coberto, bem como a passagem dos quartos ao espaços de refeição e lazer também descoberto e possui uma longa escadaria, o que pode dificultar pessoas com mobilidade reduzida. Se essas observações não te incomodam, recomendo muitíssimo. Eu amei a estadia. Lara e Dudu também.

Lembrando: é um espaço que aceita pets, então só recomendaria se você tiver pet ou pets. Quando fomos, todos os quartos estavam ocupados e todos os hóspedes tinham pets. Todos bem comportados. Mas pode incomodar a que não tenha pets.


Gastronomia

Se prepare, pois esta parte te fará salivar...

Chegamos ao centro de Petrópolis por volta das 12:30 e nosso check-in na pousada era a partir das 14:00, então partimos para Itaipava para almoçarmos.

Itaipava fica a cerca de 30 minutos do centro histórico e é mais movimentado, com vários barzinhos e restaurantes mais descolados. Bem jovem.

Fomos almoçar no Maíz, um restaurante de cozinha peruana que nos ofereceu um experiência indescritível. O atendimento impecável, com garçons muito, muito educados e simpáticos até as comidas que nos levaram a um patamar de extremo prazer.

O restaurante possui área interna e externa, onde ficamos, pois estávamos com a Lara (sim , aceitam pets). Foi perfeito. A seguir os pratos que pedimos com a descrição de cada um. Ao final deixarei o link do restaurante.


Entrada: Causa de Camarones (camadas de massa frita de batata, levemente temperadas com limão e aji, recheadas com camarões e fatias finas de abacate)


Prato Principal: Chancho al durazno con arroz chaufa de vegetales (Carne de porco glaceada no pêssego e no abacaxi, acompanhada de arroz salteado com vegetais aromatizados com gengibre)


Sobremesa 1: Turrón de chocolate (Torta crocante de chocolate com nozes e passas, banhados em manjar branco, acompanhado de sorvete artesanal de creme e geleia de frutas vermelhas)




Sobremesa 2: Sorvete artesanal de laranja e chocolate com crocante



Bebidas: pedimos dois sucos que eram um mix e que não me recordo os sabores. Assim como a comida, estavam deliciosos.

Valor total: cerca de 200,00 para duas pessoas

Se tem um restaurante que quero muito voltar é esse. Todas as comidas estavam saborosíssimas.

https://www.instagram.com/maizcocinaperuana/

À noite jantamos um pizza na nossa pousada, que é feita no forno à lenha e estava maravilhosa. A pousada também serve caldos à noite e possibilidade de almoço com agendamento.


01/11/2021 - A manhã foi de chuva torrencial. Ficamos descansando no quarto após o café da manhã. Assistimos séries e contemplamos a natureza da varanda do nosso quarto. Foi delícia.

Por volta das 13:00 da tarde fomos até o centro histórico para almoçarmos na Cantina Giulietta, também aceita pet na área externa, porém como estava chovendo deixamos a Lara na pousada.



Infelizmente esqueci de tirar fotos dos pratos. Com relação a comida, estava excelente, no entanto, o atendimento deixou a desejar.

Pedimos de entrada Bruschettas e pão de alho da casa. Quanto as Bruschettas não estavam formidáveis. Apenas boas. O pão de alho gostamos muito.

Como prato principal eu escolhi Sorrentino de Gorgonzola com figo e nozes ao molho de queijo e meu marido escolheu Risoto de Camarão ao Funghi. Gostamos mais do Risoto. O sorrentino começa a enjoar um pouco lá pela metade do prato devido ao sabor agridoce.

Não pedimos sobremesa pois íamos ao Museu Imperial e lá fica o Duett'os, uma cafeteria especializada em doces.

Valor: entradas, dois pratos principais e bebidas ficaram em 180,00.


Ao chegarmos ao Museu Imperial a fila estava quilométrica, então desistimos e fomos ao Duett'os.

Meu marido pediu um limonada suíça e eu um cappuccino com licor de laranja. Saí de lá quase bêbada, rsrsrs. Pois sim, eles não economizam no licor, então se você como eu não tem hábito de ingerir bebida alcóolica, talvez pedir outra bebida ou solicitar uma quantidade menor de licor no seu cappuccino.

Valor: cerca de 40,00


À noite fomos jantar no Takeda Sushi Lounge, e pensem na melhor comida japonesa que já comi, e olha que eu e meu marido comemos muito.... estava incrível.

Pedi de entrada um Missoshiru (uma sopa japonesa muito conhecida no Japão feita de soja). Se você nunca comeu peça para trazer menos salgado. Não indico para hipertensos. É bem salgada. Eu amo.

Pedimos um combinado que estava perfeito e ganhamos do garçom 6 peças para experimentarmos (com maracujá, pesto e amora), que estavam incríveis.



Tomamos chá mate para acompanhar. Mas gosto de tomar com suco de uvas verdes, porém não tinha.

Valor: cerca de 150,00


*Local para comprar lanches e comidas locais - Armazém dos Grãos  (Compramos vinho, sucos integrais, chocolates, massas e risoto)


E nossa gastronomia parou por aqui, pois no outro dia (02/11), tomamos café na pousada e depois voltamos para casa.


Se você já conhece Petrópolis, comenta aqui embaixo o que mais gostou e onde você indica comer e dormir. Não esqueça de dizer se levou pet.


Teremos um mini vlog lá no Youtube no canal: Beleza Exoticaa. Por lá vou falar dos passeios que fizemos.


Bjinhus e até a próxima viagem!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Exótico...

Mars - National Geographic

Dash & Lily's