A escolha de Sofia

Esse filme é um primor para o mundo das artes. O roteiro, as atuações e a direção do filme possuem uma sensibilidade e um incontestável e elevado padrão na forma de abordar a questão da segunda guerra mundial dentro do contexto do nazismo e a vivência das pessoas em um mundo pós guerra.
Esse filme lançado em 1982 e com uma atuação brilhante de Meryl Streep no papel de Sofia possui cerca de duas horas e meia de duração.
Alerta: A partir daqui possui spoilers
O filme é retratado em 1947 e tem como pano de fundo um jovem chamado Stingo (Peter MacNicol), um jovem aspirante a escritor vindo do sul dos Estados Unidos e que vai morar no Brooklyn na casa de uma senhora que aluga quartos. Neste local conhece Sofia (Meryl Streep) e Nathan (Kevin Kline), vizinhos do andar de cima e iniciam uma amizade.
Sofia é uma polonesa que foi prisioneira em um campo de concentração e possui alguns segredos que vão sendo apresentados ao longo do filme.
Natan é um carismático judeu com um temperamento instável e que ao longo do filme será descrito como esquizofrênico.
Sofia e Natan nutrem um relacionamento conturbado que retrata todas as suas vivências e toda a inconstância emocional ou doenças psiquiátricas que todos nós podemos estar sujeitos.
Ao longo do filme há um misto de angústia, inquietação, tristeza, alegrias, reflexões e retorno a uma história que tão bem conhecemos e pretendemos não repetir, os campos de concentração e o nazismo.
Esse filme me fez refletir sobre julgamentos, questões de ordem ética e moral e sobre como traumas podem nos fazer sucumbir ao medo de não podermos ser ou termos mais do que possuímos, de forma material e também quanto ao retorno as esperanças que já tivemos e que foram perdidas pela dor e dificuldades que a vida nos apresenta.
Obrigada pela visita.
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